Não Há Soluções, Há Caminhos

Alegro-me por mais esta reedição de Não Há Soluções, Há Caminhos. O livro, esgotado há vários anos, continuou a ser procurado e a servir, pois, como tudo indica, não perdeu actualidade. Recebi muitos pedidos e soube de lamentos em várias livrarias por não o encontrarem. Entretanto, estes pensamentos diários explodiram na net por variadas iniciativas particulares, fazendo-os chegar diariamente às suas listas de amigos.

Foi também com igual sentimento de consolação – porque algo de bom me ultrapassava – que fui encontrando quem os escolhesse para iniciar uma reunião ou, com simplicidade, saber de famílias que os usam como oração familiar antes da refeição. Isto, não o tinha previsto, quando os dizia na rádio. Já, quando postos em livro, senti receio de que o título, tivesse sabor pessimista.

A verdade é que Não Há Soluções, Há Caminhos se tornou um “quase” provérbio clarificador e libertador no coração de muitos. De facto, a vida não é um problema a resolver, mas uma peregrinação trilhar. E cada situação um desafio. Também o subtítulo me ultrapassou. Muita gente o agradeceu. “Não perguntes porquê, mas para quê” é uma atitude evangélica que corrige o fatalismo supersticioso e faz sair da idade dos porquês.

Sobretudo nas horas difíceis, mas também nas gratificantes, o que um Deus Bom nos segreda ao coração é: isto pode fazer-te crescer!; como vais aproveitar esta ocasião?; como é que isto te pode aproximar do outro e da verdade?; como vais agradecer?

Vasco Pinto de Magalhães s.j.