Subtítulo: Imagens que mudaram a face da opinião pública portuguesa
Data de edição: Novembro 2014
Páginas: 150
ISBN: 978-989-8665-01-0
Subtítulo: Imagens que mudaram a face da opinião pública portuguesa
Data de edição: Novembro 2014
Páginas: 150
ISBN: 978-989-8665-01-0
A iconografia representa, para o período de ascensão do republicanismo (1875-1908), uma viragem extraordinariamente eficaz na propaganda política no nosso país, dirigida a uma população com quase 80% de analfabetos. Por meio dessa ferramenta os republicanos conseguiram (des)construir as regras e convenções, conscientes ou inconscientes, que controlavam a percepção e interpretação das imagens dentro da cultura portuguesa da época. A iconografia foi, não só, um trabalho de paciência, desmascarando as torpezas da monarquia, mas, essencialmente, uma extraordinária estratégia para despertar os espíritos do entorpecimento trágico em que haviam caído.
Numa das suas múltiplas caricaturas sobre o estado do país e o espírito povo, Rafael Bordalo Pinheiro interrogava-se se alguma vez o Zé-povinho erguer-se-ia e retiraria o fardo, muito pesado, dos (maus) anos de governação da monarquia em Portugal. Essa é a pergunta à qual o livro – através da análise de oito episódios e de mais de oitenta imagens – procura dar resposta. Após a sua leitura, ficar-se-á a entender se o regicídio e a consequente implantação da República, dois anos mais tarde, significaram movimentos laterais às reais aspirações do povo ou se, pelo contrário, a opinião pública portuguesa desempenhou um papel activo no processo de rompimento com a monarquia constitucional.
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